LITERATURA: Caipiras de Araçatuba 'invadem' Casa das Rosas
Durante a cerimônia, houve sarau de poesia e apresentação da cantora Talita Rustichelli. Dezenas de pessoas que residem em São Paulo e em outras cidades, como Várzea Paulista e Suzano, prestigiaram o evento, além de uma comitiva de Araçatuba composta por membros da Academia Araçatubense de Letras, do Conselho Municipal de Políticas Culturais e da prefeitura.
O prefeito Cido Sério (foto) também fez questão de se deslocar até a capital paulista, assim como o secretário municipal de Cultura, Hélio Consolaro, que explicou por que lançar o concurso a mais de 500 quilômetros da cidade de origem. “Não parece uma loucura? Sim, loucura do entusiasmo e do desejo. Desejar que Araçatuba globalize o seu provincianismo”.
No seu discurso, o secretário disse também que o ato é uma forma de “gritar ao mundo” o orgulho de ser caipira. “Fazer a abertura do concurso aqui, no templo da literatura paulista, é dizer a esta megalópole que o interior existe, que a literatura não é feita apenas de best-sellers, mas também de escritores com tiragem de 500 exemplares”, afirmou.
Homenagem
E para o primeiro ano internacional do concurso a Secretaria de Cultura decidiu homenagear um escritor de Araçatuba. O escolhido foi Maurício do Valle Aguiar, autor dos livros “Em Busca do Sol Fugitivo” (1964), “Terra no Sangue” (1965) e “Estórias contadas ao entardecer” (1997). Na solenidade desta sexta-feira, a viúva do escritor, Regina de Miranda Teixeira Aguiar, disse ter ficado “muito agradecida e sensibilizada” com a homenagem.